Fácil é falar. E o que mais eu
tenho pra dizer? Não tem nada não, a alma hoje deu pra se calar, fechou os
olhos pro lado de dentro e só vê é esse sentimento que daqui a pouco já não há
mais de caber nesse aperto que o coração oferece. Mas eu queria te contar como
foi viver mais uma vez, porque foi tão bonito que não dá pra guardar só por
aqui, te dou mais essa chance de sorrir do meu sorriso, bonita. E me parece que
a rima já não se esquiva de sair, tá brotando como chuva dessa minha lágrima
que dói. E eu quero te contar que foi tão lindo ver ela sorrir, e foi bonito
até demais, que me rendeu essa resenha, e me rendeu uma dúzia de sorrisos
tortos e uma légua de felicidade pra caminhar. Se eu chorar na tua frente, me perdoa, por
favor, é só mania de querer provar da própria dor, gosto bom não há de ter, salgado
e impiedoso, mas a bossa tá tocando lá fora e eu botei açúcar nessa lágrima que
insiste cair. Já me perdi no que teria de ser sentimento, mas você fica a
cutucar essa ferida que cicatriza fácil até demais, que me faz recusar um nome
mais bonito pra esse sentir. Só sei que viver por mais um dia compensou todas
as dores do passado e todas que ainda hão de vir, e eu nem me lembro mais, já
cessou esse sofrer, me deixa sorrir por
conta própria que amanhã já é segunda e a agonia há de brotar. Tempo, seu
parnasiano, vai buscar outra realidade pra amedrontar, que eu já me cansei de
esperar pra ter aquele sorriso aqui perto de mim, passa e passa logo, pra
depois engatinhar, pra depois fazer poesia, que eu preciso daquele verso que eu
esqueci no tempo de trás. Tão bom e tão bonito. E tão sincero, que me dói. E
ah, tão real. A alma insiste em se calar, deixa eu viver essa poesia cá de
dentro, deixa eu rir sozinha, deixa, bonita. Deixa eu sonhar por mim, e por
você, e pelo teu amor. Sorri comigo, sorri que é bom. E vê se vive hoje, porque
amanhã, amanhã não sei quando há de chegar. É cortesia dizer, mas como é bonito
esse teu olhar.
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