quarta-feira, 14 de dezembro de 2011

Eu posso escrever ou posso enlouquecer. Felizmente eu tenho escolhas, só não sei como escolher. Se eu escrevo deixo transparecer a minha loucura, e se enlouqueço sou obrigada a descreve-la. E o próximo passo seria o abismo. Eu sinto na mesma dimensão que não sinto. Acordei com minha avó me chamando pra caminhada, eu não tinha sono mas neguei. Depois pensei exaustivamente no que me ocorreria caso eu decidisse enlouquecer. Tola. Pensar me faz enlouquecer. De todos os modos eu acabo escolhendo a loucura porque é ela que me deu tudo que tenho. Uma meio personalidade e muitos cortes que, ás vezes, eu toco e sinto sensatez. Que tipo de pessoa sensata gosta de sair da realidade? Mas, pra mim, isso nem é problema, porque sequer acredito na realidade. Escrevo sem saber se esse corpo é meu, se essa mente, que cria a todo momento, é mesmo minha. Tenho medo do que vejo no espelho, tenho medo do que posso ver. Se eu acordar, e pra uma realidade mais sensata, terá algum sentido? Não. Eu seria extremamente vazia e sem sentido por isso. De que adiantaria tanta loucura, tanta sanidade ou insanidade, se eu só vivi uma fantasia sem sentido. Acho que ainda estou na cama, dormindo. Não sei. Os sintomas estão claros, só há um questionamento: se entregar ou se esquivar?
Foi daí que saiu a frase 'cada um escreve a sua história'.

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