É doce, e tem tanto medo, mas tanta coragem, e logo não tem
mais nada. Se esconde por trás de uma realidade que lhe cerra os punhos, não
quer nenhum desses sonhos que os outros insistem sonhar por ela. Não quer nem
os doces, ou amores, responsabilidades, riqueza, beleza.. não quer.
Tão pequena e frágil, incerta, descrente.
Só queria que o amor lhe fosse decente.
Só quer um punhado de amor.
Custa tanto assim duas metades de verdade e um copo quente
de café?
Ser anda lhe custando mais do que sustenta.
Ela se cansou de ser duas, três, quatro metades que juntas
não são mais do que vazias.
Tão pequena, e tão frágil, e tão bonita.
Bonita até demais.
Do coração de mil compartimentos. E sonhos, milhares.
Ah, ela se cansou.
Hoje só quer um corpo quente pra apoiar a cabeça, uma dúzia
de palavras sinceras e um beijo, que talvez nem seja de amor, mas que seja
sincero. E que seja terno.
Que seja um beijo, pra fazer brilhar os olhos e o sorriso.
Pra fazer jus à beleza, tão somente sua.
Deixa a menina ser rosa, deixa ela ser ela.
Deixa ela amar, que amar já é tão pouco perto do que lhe
carece por justiça.
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