The Smiths, café, água extremamente gelada do novo
purificador, altamente eficiente, consta acrescentar. Sábado, tomando o lugar
dos deprimentes domingos de chuva. Eu gosto de chuva, mas ultimamente não ando
sendo lá a melhor definição de bem-estar. Ando melancólica, como no ano
passado, quando eu ainda planejava o que fazer
com a minha vida, que corte de cabelo fazer e como eu me portaria diante
dos novos desconhecidos, que meses depois se tornariam chatos e tão descrentes
como os velhos conhecidos. Eu sinto falta de ter certeza, nem que seja sobre o
estilo musical, certeza é incerto, tenho que continuar pensando assim se não quiser
me tornar uma velha crítica da sociedade que toma chás e come biscoitos
amanteigados, devo me livrar desses biscoitos, tenho alguns 5 talvez 4 quilos
acima do peso dos quais tenho que me livrar, caso haja espaço na agenda pra
isso. Que chato, fones de ouvido nunca se encaixam, nunca se moldam a mim,
sempre tive problemas quanto a isso, eles sempre ficam caindo, ou desconfortáveis
demais pra suportar, e eu sou daquelas que gostam de ouvir a um ruído só. Um
ruído só, um sabor só, um comportamento
só, até amanhã, quem sabe. Hoje amanheci, espantosamente, sem fome alguma. Sou uma daquelas vegetarianas nada
vegetarianas, bom, pelo menos tento. Tento comer o mínimo possível, na verdade,
eu quase nunca como, uma ou duas vezes por mês em casa, pra evitar o velho
discurso sobre o quanto a proteína da carne é importante que minha avó cita
usando como fonte o programa matinal sobre saúde. Enfim, de certo modo eles
estão certos, mas, eu nunca assisto esse tipo de programa, não na parte sobre
as consequências. Aliás, eu detesto televisão. Detesto, detesto, detesto! Por
isso quase nunca fico com a minha família, eles sempre estão lá escutando
opiniões ridículas sobre assuntos mais ridículos ainda. Odeio, detesto, que
seja! Odeio essa falsa sensação de bem-estar dos comerciais de TV, e odeio mais
ainda as versões cheias de aventura e amor das novelas sobre a vida real. A
minha vida não é daquele jeito, não teve uma só novela na qual eu me visse
inserida no contexto. Não, não mesmo! Nem me pergunte sobre os programas de
entrevista, eu os detesto ainda mais. Detesto ficar me entupindo sobre
informações da vida alheia, mal cuido da minha. Já disse que perdi meu celular
de novo? Enfim, perdi. Eu sempre perco, todos os dias, aliás. E também perdi
meu anel peruano, de prata com uma pedra, não sei se aquilo é uma pedra, enfim,
alguma coisa marrom no centro. Eu adoro aquele anel, adorava, não sei se ainda
o encontro, mas a questão é que eu vivo perdendo e encontrando as coisas. Acho
que tomei café demais, sempre sinto que meu corpo se dobra involuntariamente
sobre o teclado, e me sinto sem controle, nada interessante. Enfim, vou parar
por aqui, porque minha cabeça está pesando e, acho que não tenho mais nada pra
contar também. Vou aproveitar o silêncio inspirador, terminar de ler meu
romance, e quem sabe, comer.
Nenhum comentário:
Postar um comentário