terça-feira, 11 de junho de 2013

Vai cedo, tão cedo!

Foi dito e agora fica aí a bater na porta, essa verdade é traiçoeira, tem nada de simpática, e quer me fazer recorrer ao corte derradeiro, ao gole derradeiro de toda desgraça. Hora ou outra eu volto pra essa realidade desgastante de criar um novo jeito de viver, de cavar terra à dentro a procura de força de vontade, vontade, sabe-se lá, à procura de um cigarro sequer. E fica repetindo e repetindo, latejando dentro da mente, corroendo as membranas. Ah! Saí dessa vida, menino, saí desse poço de solidão que cá de fora cheira pó e carpete mofado. Vem virando a esquina o amor da tua vida, chove aqui fora o teu rum favorito, corre sem destino a felicidade, é tanta coisa pra viver, e tu, tu aí, nesse poço de descontentamento. Olha lá ,menino, olha a chuva, para pra ver as estrelas, corta fora essa corda que lhe prende o calcanhar. Vem! Vem, que um segundo pra quem nada viveu já é tempo demais.

Foi dito há algum tempo atrás, e há quem diga que o segundo não foi tempo suficiente, porque nem sequer existiu.



Ah, ele se jogou no poço, com corda e tudo mais, beijou a face da morte e pediu arrego ao infinito.




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